Pergunta: “Padre, saio muito com as minhas amigas e sempre acabamos falando mal das pessoas. Isso é um pecado? O que o senhor me recomenda? Como posso melhorar isso?”
Falar mal do próximo é um defeito muito prejudicial, porque manifesta pouco respeito pelo outro e torna pouco confiável quem tem este mal hábito. Quem se acostuma a falar mal do outro também poderá falar mal de você em algum momento, porque talvez já seja um hábito adquirido e, em muitos casos, como você menciona, não é fácil de erradicar.
Como você pode ver, é um defeito que precisa ser mudado, não somente por ser pecado, mas porque prejudica as relações humanas e tampouco ajuda a construir amizades sinceras.
Agora, vejamos o que o Catecismo da Igreja Católica nos diz sobre isso. Entre os pecados que atentam contra o 8º mandamento, encontramos os juízos temerários, a calúnia e a maledicência. Às vezes, o dom da palavra é tratado com muita superficialidade, e isso pode causar muito dano.
O Catecismo (n. 2477) explica cada um desses pecados:
“O respeito pela reputação das pessoas proíbe toda e qualquer atitude ou palavra susceptíveis de lhes causar um dano injusto. Torna-se culpado:
– de juízo temerário, aquele que, mesmo tacitamente, admite como verdadeiro, sem prova suficiente, um defeito moral do próximo;
– de maledicência, aquele que, sem motivo objetivamente válido, revela os defeitos e as faltas de outrem a pessoas que os ignoram;
– de calúnia, aquele que, por afirmações contrárias à verdade, prejudica a reputação dos outros e dá ocasião a falsos juízos a seu respeito.”
Penso que são muitas as vezes em que, com superficialidade, podemos atribuir males morais a outras pessoas sem ter certeza se isso é verdade. Talvez nos baseemos em suposições, impressões subjetivas ou comentários escutados. As afirmações provocam dúvidas sobre a boa honra da pessoa criticada.
Inclusive algumas vezes, tacitamente, com um gesto, pode-se deixar aberta a porta para que se coloque em dúvida a boa fama e reputação de uma pessoa. Quanto dano se pode causar com isso! Isso sem falar da calúnia em si, com a qual se levanta um juízo falso com o único objetivo de prejudicar uma pessoa.
É muito doloroso ver como, ao levantar falsos testemunhos, prejudica-se a honra das pessoas, algo que depois é muito difícil de limpar. Meu pai, para nos corrigir frente a este defeito, quando éramos crianças, sempre nos contava a conhecida história de uma pessoa que foi se confessar de ter falado mal de outro em uma reunião, e o padre lhe disse:
- Faça o seguinte: traga-me uma galinha, mas vá despenando-a ao longo do caminho.
A pessoa seguiu o que o padre disse e, quando chegou à Igreja, o sacerdote lhe disse:
- Agora vá, por favor, e recolha as penas.
A pessoa lhe respondeu:
- Mas, padre, isso é impossível!
- Bem – concluiu o padre –, acontece a mesma coisa quando você fala mal de alguém: poderá recolher e consertar algumas coisas, mas muitas outras, não.
Portanto, prestemos sempre atenção às nossas palavras. Para progredir neste domínio da palavra, talvez você possa se perguntar, antes de falar: “Isso que vou contar sobre tal pessoa, eu seria capaz de dizê-lo na frente dela?”.
Depois, pergunte-se também: “Qual é o objetivo do que vou dizer? Ajudar?”. Porquue, se o seu objetivo é ajudar a pessoa a mudar, precisa procurar a pessoa para fazer uma correção fraterna, com amor e sem juízos de valor.
Outra pergunta a ser feita: “Quando eu cometer um erro, vou querer estar na boca de todo mundo?”.
É sempre bom seguir aquilo que Jesus ensinou: tratar os outros como gostaríamos que nos tratassem.
Também lhe recomendo que peça ajuda a Deus para crescer no domínio da palavra. Por último, que procure não julgar, não ficar olhando para o cisco no olho alheio.
Para encerrar, recomendo que você leia o capítulo 3 da carta do apóstolo São Tiago. Um trecho é este:
“Todas as espécies de feras selvagens, de aves, de répteis e de peixes do mar se domam e têm sido domadas pela espécie humana. A língua, porém, nenhum homem a pode domar. É um mal irrequieto, cheia de veneno mortífero. Com ela bendizemos o Senhor, nosso Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. De uma mesma boca procede a bênção e a maldição. Não convém, meus irmãos, que seja assim” (Tiago 3, 7-10).
(Pergunta respondida originalmente pelo Pe. Enrique Granados para o Centro de Estudos Católicos)
Falar mal do próximo é um defeito muito prejudicial, porque manifesta pouco respeito pelo outro e torna pouco confiável quem tem este mal hábito. Quem se acostuma a falar mal do outro também poderá falar mal de você em algum momento, porque talvez já seja um hábito adquirido e, em muitos casos, como você menciona, não é fácil de erradicar.
Como você pode ver, é um defeito que precisa ser mudado, não somente por ser pecado, mas porque prejudica as relações humanas e tampouco ajuda a construir amizades sinceras.
Agora, vejamos o que o Catecismo da Igreja Católica nos diz sobre isso. Entre os pecados que atentam contra o 8º mandamento, encontramos os juízos temerários, a calúnia e a maledicência. Às vezes, o dom da palavra é tratado com muita superficialidade, e isso pode causar muito dano.
O Catecismo (n. 2477) explica cada um desses pecados:
“O respeito pela reputação das pessoas proíbe toda e qualquer atitude ou palavra susceptíveis de lhes causar um dano injusto. Torna-se culpado:
– de juízo temerário, aquele que, mesmo tacitamente, admite como verdadeiro, sem prova suficiente, um defeito moral do próximo;
– de maledicência, aquele que, sem motivo objetivamente válido, revela os defeitos e as faltas de outrem a pessoas que os ignoram;
– de calúnia, aquele que, por afirmações contrárias à verdade, prejudica a reputação dos outros e dá ocasião a falsos juízos a seu respeito.”
Penso que são muitas as vezes em que, com superficialidade, podemos atribuir males morais a outras pessoas sem ter certeza se isso é verdade. Talvez nos baseemos em suposições, impressões subjetivas ou comentários escutados. As afirmações provocam dúvidas sobre a boa honra da pessoa criticada.
Inclusive algumas vezes, tacitamente, com um gesto, pode-se deixar aberta a porta para que se coloque em dúvida a boa fama e reputação de uma pessoa. Quanto dano se pode causar com isso! Isso sem falar da calúnia em si, com a qual se levanta um juízo falso com o único objetivo de prejudicar uma pessoa.
É muito doloroso ver como, ao levantar falsos testemunhos, prejudica-se a honra das pessoas, algo que depois é muito difícil de limpar. Meu pai, para nos corrigir frente a este defeito, quando éramos crianças, sempre nos contava a conhecida história de uma pessoa que foi se confessar de ter falado mal de outro em uma reunião, e o padre lhe disse:
- Faça o seguinte: traga-me uma galinha, mas vá despenando-a ao longo do caminho.
A pessoa seguiu o que o padre disse e, quando chegou à Igreja, o sacerdote lhe disse:
- Agora vá, por favor, e recolha as penas.
A pessoa lhe respondeu:
- Mas, padre, isso é impossível!
- Bem – concluiu o padre –, acontece a mesma coisa quando você fala mal de alguém: poderá recolher e consertar algumas coisas, mas muitas outras, não.
Portanto, prestemos sempre atenção às nossas palavras. Para progredir neste domínio da palavra, talvez você possa se perguntar, antes de falar: “Isso que vou contar sobre tal pessoa, eu seria capaz de dizê-lo na frente dela?”.
Depois, pergunte-se também: “Qual é o objetivo do que vou dizer? Ajudar?”. Porquue, se o seu objetivo é ajudar a pessoa a mudar, precisa procurar a pessoa para fazer uma correção fraterna, com amor e sem juízos de valor.
Outra pergunta a ser feita: “Quando eu cometer um erro, vou querer estar na boca de todo mundo?”.
É sempre bom seguir aquilo que Jesus ensinou: tratar os outros como gostaríamos que nos tratassem.
Também lhe recomendo que peça ajuda a Deus para crescer no domínio da palavra. Por último, que procure não julgar, não ficar olhando para o cisco no olho alheio.
Para encerrar, recomendo que você leia o capítulo 3 da carta do apóstolo São Tiago. Um trecho é este:
“Todas as espécies de feras selvagens, de aves, de répteis e de peixes do mar se domam e têm sido domadas pela espécie humana. A língua, porém, nenhum homem a pode domar. É um mal irrequieto, cheia de veneno mortífero. Com ela bendizemos o Senhor, nosso Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. De uma mesma boca procede a bênção e a maldição. Não convém, meus irmãos, que seja assim” (Tiago 3, 7-10).
(Pergunta respondida originalmente pelo Pe. Enrique Granados para o Centro de Estudos Católicos)
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