Padre Mário reflete sobre fé e política, destacando que o cristão comprometido com o Reino de Deus não fica de fora da realidade política do país
“Padre, eu não gosto de política e acho que a Igreja não deveria falar de política”
Algumas vezes, já escutei de cristãos católicos: “padre, eu não gosto de política e acho que a Igreja não deveria falar de política”. Até entendo estas pessoas. Este tipo de política que vemos em nosso país, marcada pela corrupção, desvio de dinheiro, violência, injustiças, busca de interesses pessoais, etc., realmente nos provoca certa aversão. Portanto, devemos entender que a política faz parte da nossa realidade, da nossa estrutura de vida. Ela está presente no governo, nas famílias, Igrejas, na sociedade… O cristão realmente comprometido com o Reino de Deus não fica fora desta realidade.
O cristão comprometido com a vida do povo sabe, sente e compreende o que significa a fé para a luta pela libertação. Salvação e libertação de toda e qualquer opressão, dominação e exploração humana, seja em qualquer tipo de regime político ou condição. Muita gente ainda tenta separar a fé da política, a vida da realidade.
Os cristãos não querem uma vida fora do mundo concreto, fora dos fatos sociais. Os cristãos querem o céu na terra e a terra no céu, sempre. O cristão deve ser fermento, sal, caminho e luz. Deve lutar pelos princípios básicos da mensagem cristã, como defesa da ética, da vida desde a concepção, da família, da democracia, da participação social e da liberdade, assumindo responsabilidade social e política.
Nossa fé precisa capacitar-se para criticar, avaliar, comparar e intervir na realidade à luz do Evangelho, fazendo uma política com ética, compromisso, reforma, transformação e realização de justiça social. A fé e a política devem ajudar os cristãos a decidir, optar e assumir os compromissos que nos são dados viver e transformar, historicamente.
Precisamos resgatar o interesse do povo, eu diria até o encantamento, pela boa política. Resgatar a esperança através de políticos comprometidos. Hoje se torna necessário organizar ações e práticas sociais como instrumentos de concretização para construção de uma sociedade solidária conforme a proposta cristã.
Os Bispos do Estado do Rio de Janeiro e a Pastoral Fé e Política do Regional Leste 1, prepararam a cartilha cívica contendo recomendações para os eleitores das próximas eleições do presente ano.
Configura numa lista de 10 critérios, são eles:
1. Votar é um exercício importante de cidadania, por isso, não deixe de participar das eleições. Seu voto contribui para definir a vida política de nosso país.
2. Verifique se os candidatos estão comprometidos com a superação da pobreza, com a educação, saúde, moradia, saneamento básico, respeito à criação e ao meio ambiente.
3. Veja se seus candidatos estão comprometidos com a justiça, segurança, combate à violência, dignidade da pessoa, respeito pleno pela vida humana desde a sua concepção até a morte natural.
4. Observe se os candidatos representam o interesse apenas de seu grupo ou partido e se pretendem promover políticas que beneficiam a todos. O bom governante governa para todos.
5. Dê o seu voto apenas a candidatos com “ficha limpa”. O homem público deve ter honestidade (idoneidade moral).
6. Fique atento à prática de corrupção eleitoral, ao abuso de poder econômico, à compra de votos. Voto não é mercadoria.
7. Procure conhecer os candidatos, sua conduta, suas ideias e seus partidos. Voto não é troca de favores.
8. Vote em candidatos que respeitem a liberdade religiosa e de consciência, garantindo o ensino religioso confessional e plural.
9. Escolha candidatos que promovam e defendam a família, segundo sua identidade natural conforme o plano de Deus.
10. Acompanhe os políticos depois das eleições, para cobrar deles o cumprimento das promessas de campanha e apoiar suas opções políticas e administrativas.
2. Verifique se os candidatos estão comprometidos com a superação da pobreza, com a educação, saúde, moradia, saneamento básico, respeito à criação e ao meio ambiente.
3. Veja se seus candidatos estão comprometidos com a justiça, segurança, combate à violência, dignidade da pessoa, respeito pleno pela vida humana desde a sua concepção até a morte natural.
4. Observe se os candidatos representam o interesse apenas de seu grupo ou partido e se pretendem promover políticas que beneficiam a todos. O bom governante governa para todos.
5. Dê o seu voto apenas a candidatos com “ficha limpa”. O homem público deve ter honestidade (idoneidade moral).
6. Fique atento à prática de corrupção eleitoral, ao abuso de poder econômico, à compra de votos. Voto não é mercadoria.
7. Procure conhecer os candidatos, sua conduta, suas ideias e seus partidos. Voto não é troca de favores.
8. Vote em candidatos que respeitem a liberdade religiosa e de consciência, garantindo o ensino religioso confessional e plural.
9. Escolha candidatos que promovam e defendam a família, segundo sua identidade natural conforme o plano de Deus.
10. Acompanhe os políticos depois das eleições, para cobrar deles o cumprimento das promessas de campanha e apoiar suas opções políticas e administrativas.
Para terminar, reflitam esta frase do Papa Francisco: “É muito difícil que um corrupto consiga voltar atrás”. Vote certo, vote bem, somos responsáveis pelo futuro de nossa pátria. Não esqueça que seu voto terá consequências, um novo mundo e uma nova sociedade ou a mesmice da corrupção e do terror e insegurança diários.
Nestas eleições de 2014, mais do que em qualquer outra será necessário identificar os programas de governos e os candidatos que se comprometam a priorizar a defesa da vida desde a concepção, o combate à fome, à miséria, à corrupção, à violência no nosso país. O povo brasileiro deverá escolher o Presidente da República, os Governadores dos Estados, Senadores, Deputados Federais e Estaduais.
Fonte : Canção Nova Notícias
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