A definição do primeiro Sínodo do Papa Francisco foi resumida por alguns padres sinodais como: livre, franco e inovador.
Disse Francisco no pronunciamento conclusivo: “posso tranquilamente afirmar que — com um espírito de colegialidade e de sinodalidade — vivemos verdadeiramente uma experiência de «Sínodo», um percurso solidário, um «caminho conjunto». E, como acontece em todo o caminho —dado que se tratou de um «caminho» —, houve momentos de corrida apressada, como se se quisesse vencer o tempo e chegar quanto antes à meta; momentos de cansaço, como se se quisesse dizer basta; e outros momentos de entusiasmo e ardor".
"Houve momentos de profunda consolação, ouvindo o testemunho de autênticos pastores (cf. Jo 10 e cânn. 375, 386 e 387), que trazem sabiamente no coração as alegrias e as lágrimas dos seus fiéis. Momentos de consolação, graça e conforto, ouvindo os testemunhos das famílias que participaram no Sínodo e compartilharam connosco a beleza e a alegria da sua vida matrimonial. Um caminho onde o mais forte se sentiu no dever de ajudar o menos forte, onde o mais perito se prestou para servir os demais, inclusive através de confrontos”, afirmou o Papa Francisco em seu discurso de conclusão da III Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos.
Os momentos de “tensão” foram definidos pelo Papa em quatro categorias: a tentação do endurecimento hostil, isto é, fechar-se dentro da lei; a tentação da “bonacheirice” (bondosismo) destrutiva, que enfaixa as feridas sem antes curá-las e medicá-las; a tentação de transformar a pedra em pão, para interromper um jejum prolongado; a tentação de descer da cruz para contentar as pessoas; e a tentação de descuidar o “depositum fidei”, de negligenciar, considerando-se seus proprietários.
“Pessoalmente, ficaria muito preocupado e triste, se não tivesse havido estas tentações e estes debates animados – este movimento dos espíritos, como lhe chamava Santo Inácio (cf. EE, 6) –, se todos tivessem estado de acordo ou ficassem taciturnos numa paz falsa e quietista. Ao contrário, vi e ouvi — com alegria e reconhecimento — discursos e intervenções cheios de fé, de zelo pastoral e doutrinal, de sabedoria, de desassombro, de coragem e de parresia”, continua o Papa. “E senti que, diante dos próprios olhos, se tinha o bem da Igreja, das famílias e a ‘suprema lex’, a ‘salus animarum’ (cf. cân. 1752). E isto — já o dissemos aqui na Sala — sem nunca se pôr em discussão as verdades fundamentais do sacramento do Matrimónio: a indissolubilidade, a unidade, a fidelidade e a procriação, ou seja, a abertura à vida (cf. cânn. 1055 e 1056; Gaudium et Spes, 48)."
Para o Arcebispo do Lubango, um conceito que cada vez mais ganha espaço é o de pensar a Igreja como família de famílias. Portanto, o conceito de “família alargada”, próprio do continente africano.
Dom Mbilingi também reconhece que houve certa dificuldade durante os debates entre doutrina e pastoral, mas que o Sínodo abriu uma nova dinâmica de ver as coisas e responder aos problemas com uma atitude de misericórdia. E faz votos de ver essa mesma atitude nas Conferências e dioceses.
Desmentindo o que se ouviu na mídia, o Papa Francisco disse que “muitos comentadores, ou pessoas que falam, imaginaram ver uma Igreja em litígio, na qual uma parte está contra a outra, duvidando até do Espírito Santo, o verdadeiro promotor e garante da unidade e da harmonia na Igreja. O Espírito Santo, que ao longo da história sempre guiou a barca, através dos seus Ministros, mesmo quando o mar se mostrava contrário e agitado, e os ministros eram infiéis e pecadores”.
“E quando a Igreja, na variedade dos seus carismas, se exprime em comunhão, não pode errar: é a beleza e a força do sensus fidei, daquele sentido sobrenatural da fé, que é conferido pelo Espírito Santo a fim de que, juntos, possamos todos entrar no âmago do Evangelho e aprender a seguir Jesus na nossa vida, e isto não deve ser visto como motivo de confusão e mal-estar.”
Consciente de que a assunto “família” e tudo que ele engloba dentro da sua complexidade como instituição está apenas iniciando, além de que é um caminho longo a se percorrer, o Papa concluiu seu discurso dizendo: “agora, caros irmãos e irmãs, temos ainda um ano para maturar, com verdadeiro discernimento espiritual, as ideias propostas e encontrar soluções concretas para tantas dificuldades e os inúmeros desafios que as famílias devem enfrentar; para dar resposta aos numerosos motivos de desânimo que envolvem e sufocam as famílias”.
Disse Francisco no pronunciamento conclusivo: “posso tranquilamente afirmar que — com um espírito de colegialidade e de sinodalidade — vivemos verdadeiramente uma experiência de «Sínodo», um percurso solidário, um «caminho conjunto». E, como acontece em todo o caminho —dado que se tratou de um «caminho» —, houve momentos de corrida apressada, como se se quisesse vencer o tempo e chegar quanto antes à meta; momentos de cansaço, como se se quisesse dizer basta; e outros momentos de entusiasmo e ardor".
"Houve momentos de profunda consolação, ouvindo o testemunho de autênticos pastores (cf. Jo 10 e cânn. 375, 386 e 387), que trazem sabiamente no coração as alegrias e as lágrimas dos seus fiéis. Momentos de consolação, graça e conforto, ouvindo os testemunhos das famílias que participaram no Sínodo e compartilharam connosco a beleza e a alegria da sua vida matrimonial. Um caminho onde o mais forte se sentiu no dever de ajudar o menos forte, onde o mais perito se prestou para servir os demais, inclusive através de confrontos”, afirmou o Papa Francisco em seu discurso de conclusão da III Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos.
Os momentos de “tensão” foram definidos pelo Papa em quatro categorias: a tentação do endurecimento hostil, isto é, fechar-se dentro da lei; a tentação da “bonacheirice” (bondosismo) destrutiva, que enfaixa as feridas sem antes curá-las e medicá-las; a tentação de transformar a pedra em pão, para interromper um jejum prolongado; a tentação de descer da cruz para contentar as pessoas; e a tentação de descuidar o “depositum fidei”, de negligenciar, considerando-se seus proprietários.
“Pessoalmente, ficaria muito preocupado e triste, se não tivesse havido estas tentações e estes debates animados – este movimento dos espíritos, como lhe chamava Santo Inácio (cf. EE, 6) –, se todos tivessem estado de acordo ou ficassem taciturnos numa paz falsa e quietista. Ao contrário, vi e ouvi — com alegria e reconhecimento — discursos e intervenções cheios de fé, de zelo pastoral e doutrinal, de sabedoria, de desassombro, de coragem e de parresia”, continua o Papa. “E senti que, diante dos próprios olhos, se tinha o bem da Igreja, das famílias e a ‘suprema lex’, a ‘salus animarum’ (cf. cân. 1752). E isto — já o dissemos aqui na Sala — sem nunca se pôr em discussão as verdades fundamentais do sacramento do Matrimónio: a indissolubilidade, a unidade, a fidelidade e a procriação, ou seja, a abertura à vida (cf. cânn. 1055 e 1056; Gaudium et Spes, 48)."
Para o Arcebispo do Lubango, um conceito que cada vez mais ganha espaço é o de pensar a Igreja como família de famílias. Portanto, o conceito de “família alargada”, próprio do continente africano.
Dom Mbilingi também reconhece que houve certa dificuldade durante os debates entre doutrina e pastoral, mas que o Sínodo abriu uma nova dinâmica de ver as coisas e responder aos problemas com uma atitude de misericórdia. E faz votos de ver essa mesma atitude nas Conferências e dioceses.
Desmentindo o que se ouviu na mídia, o Papa Francisco disse que “muitos comentadores, ou pessoas que falam, imaginaram ver uma Igreja em litígio, na qual uma parte está contra a outra, duvidando até do Espírito Santo, o verdadeiro promotor e garante da unidade e da harmonia na Igreja. O Espírito Santo, que ao longo da história sempre guiou a barca, através dos seus Ministros, mesmo quando o mar se mostrava contrário e agitado, e os ministros eram infiéis e pecadores”.
“E quando a Igreja, na variedade dos seus carismas, se exprime em comunhão, não pode errar: é a beleza e a força do sensus fidei, daquele sentido sobrenatural da fé, que é conferido pelo Espírito Santo a fim de que, juntos, possamos todos entrar no âmago do Evangelho e aprender a seguir Jesus na nossa vida, e isto não deve ser visto como motivo de confusão e mal-estar.”
Consciente de que a assunto “família” e tudo que ele engloba dentro da sua complexidade como instituição está apenas iniciando, além de que é um caminho longo a se percorrer, o Papa concluiu seu discurso dizendo: “agora, caros irmãos e irmãs, temos ainda um ano para maturar, com verdadeiro discernimento espiritual, as ideias propostas e encontrar soluções concretas para tantas dificuldades e os inúmeros desafios que as famílias devem enfrentar; para dar resposta aos numerosos motivos de desânimo que envolvem e sufocam as famílias”.
Fonte : VATICAN
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