5 de maio de 2016

Francisco em Vigília para enxugar as lágrimas dos que sofrem

 

Vigília será marcada por testemunhos e orações; Dez pessoas receberão o Agnus Dei doado pelo Papa.


Uma Vigília para “enxugar as lágrimas” daqueles que têm necessidade de consolação. No âmbito da Jubileu da Misericórdia, a Basílica de São Pedro receberá, nesta quinta-feira, 05, a Vigília presidida pelo Papa Francisco dedicada aos que sofrem no corpo e na alma. 

O livreto da celebração foi disponibilizado pela Sala de Imprensa da Santa Sé.  A Vigília será exibida na TV Canção Nova a partir das 14h50. 

Orações e histórias de vida, banhadas por lágrimas e enxugadas pela fé, marcarão esta intensa Vigília, para expressar a obra de misericórdia espiritual “consolar os aflitos”.

Durante a Vigília serão dados alguns testemunhos. A família Pellegrino, ferida pelo drama do suicídio de um filho; a história de Felix Qaiser, refugiado político, jornalista paquistanês pertencente à minoria católica presente no país, fugido para a Itália para dar segurança a sua família; Maurizio Fatamico com o irmão gêmeo Enzo, cuja conversão marcou a história do próprio Maurizio, que quando jovem, mesmo tendo tudo de material, havia pedido o sentido da vida, somente reencontrado com a fé e as lágrimas de sua mãe.

Agnus Dei

Durante a celebração, o Papa Francisco distribuirá aos presentes, como símbolo de consolação e esperança, um Agnus Dei, antigo objeto de devoção usado particularmente no Ano Jubilar, e que remonta ao século IV.

Agnus Dei quer dizer ‘Cordeiro de Deus’. Trata-se de uma medalha com um pedacinho do Círio Pascal bento pelo Papa na Sexta Feira Santa; a Igreja recomenda usá-lo com fé e devoção em Cristo – Cordeiro de Deus, para se proteger contra calamidades e males do corpo e da alma.

Realizado com cera branca em forma oval, o Agnus Dei doado pelo Papa tem em uma das faces o Cordeiro Pascal e do outro o logotipo do Jubileu da Misericórdia. Seu uso, segundo alguns, remonta ao IV século, passando a ser documentado no século IX. A partir de 1470, com o Papa Paulo II, o Agnus Dei passa a ser utilizado também durante os Anos Jubilares.

Os presenteados

Dez pessoas receberão o objeto de devoção diretamente do Papa, representando todos aqueles que carregam em suas vidas histórias de grande sofrimento.

Entre estes, a Presidente da Associação “Filhos no Céu”, que perdeu seu filho de forma prematura e a Presidente da Associação “Vítimas da estrada”, que perdeu seu filho em um acidente de carro. Quem perdeu um familiar num acidente de trabalho será representado pelo Presidente da associação “Vítimas do dever”. Com eles estará o Diácono Eugène, um jovem proveniente de Ruanda, que durante o Genocídio de 1994 perdeu muitos familiares. Também Angelo, que viveu o drama da prisão por crimes ligados à Camorra e à delinquência; Agostino, vítima de jogos de azar e ainda Angelo, um ex-sem-teto.

Ao lado destes testemunhos, as história das lágrimas enxugadas e derramadas por mulheres, no triplo papel de esposas, mães e avós, representadas por Dona Mariella; e o das religiosas, comprometidas em várias missões, como Irmã Silvana, no mundo da escola. Por fim, a enfermeira Alessia, que a cada dia assiste doentes terminais.

São histórias de dramas, mas também de renascimentos, a partir precisamente destas lágrimas, que caídas no terreno da dor, acabaram sendo plasmadas pela fé e transformaram desertos existenciais em jardins de esperança.

Também será exposto para a veneração dos fiéis um Relicário de Nossa Senhora das Lágrimas de Siracusa, para pedir a materna proteção de Maria no mês a ela dedicado.

 

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