Vigília será marcada por testemunhos e orações; Dez pessoas receberão o Agnus Dei doado pelo Papa.
Uma Vigília para “enxugar as lágrimas” daqueles que têm necessidade
de consolação. No âmbito da Jubileu da Misericórdia, a Basílica de São
Pedro receberá, nesta quinta-feira, 05, a Vigília presidida pelo Papa
Francisco dedicada aos que sofrem no corpo e na alma.
O livreto da celebração foi disponibilizado pela Sala de Imprensa da Santa Sé. A Vigília será exibida na TV Canção Nova a partir das 14h50.
Orações e histórias de vida, banhadas por lágrimas e enxugadas pela
fé, marcarão esta intensa Vigília, para expressar a obra de misericórdia
espiritual “consolar os aflitos”.
Durante a Vigília serão dados alguns testemunhos. A família
Pellegrino, ferida pelo drama do suicídio de um filho; a história de
Felix Qaiser, refugiado político, jornalista paquistanês pertencente à
minoria católica presente no país, fugido para a Itália para dar
segurança a sua família; Maurizio Fatamico com o irmão gêmeo Enzo, cuja
conversão marcou a história do próprio Maurizio, que quando jovem, mesmo
tendo tudo de material, havia pedido o sentido da vida, somente
reencontrado com a fé e as lágrimas de sua mãe.
Agnus Dei
Durante a celebração, o Papa Francisco distribuirá aos presentes,
como símbolo de consolação e esperança, um Agnus Dei, antigo objeto de
devoção usado particularmente no Ano Jubilar, e que remonta ao século
IV.
Agnus Dei quer dizer ‘Cordeiro de Deus’. Trata-se de uma medalha com
um pedacinho do Círio Pascal bento pelo Papa na Sexta Feira Santa; a
Igreja recomenda usá-lo com fé e devoção em Cristo – Cordeiro de Deus,
para se proteger contra calamidades e males do corpo e da alma.
Realizado com cera branca em forma oval, o Agnus Dei doado pelo Papa
tem em uma das faces o Cordeiro Pascal e do outro o logotipo do Jubileu
da Misericórdia. Seu uso, segundo alguns, remonta ao IV século, passando
a ser documentado no século IX. A partir de 1470, com o Papa Paulo II, o
Agnus Dei passa a ser utilizado também durante os Anos Jubilares.
Os presenteados
Dez pessoas receberão o objeto de devoção diretamente do Papa,
representando todos aqueles que carregam em suas vidas histórias de
grande sofrimento.
Entre estes, a Presidente da Associação “Filhos no Céu”, que perdeu
seu filho de forma prematura e a Presidente da Associação “Vítimas da
estrada”, que perdeu seu filho em um acidente de carro. Quem perdeu um
familiar num acidente de trabalho será representado pelo Presidente da
associação “Vítimas do dever”. Com eles estará o Diácono Eugène, um
jovem proveniente de Ruanda, que durante o Genocídio de 1994 perdeu
muitos familiares. Também Angelo, que viveu o drama da prisão por crimes
ligados à Camorra e à delinquência; Agostino, vítima de jogos de azar e
ainda Angelo, um ex-sem-teto.
Ao lado destes testemunhos, as história das lágrimas enxugadas e
derramadas por mulheres, no triplo papel de esposas, mães e avós,
representadas por Dona Mariella; e o das religiosas, comprometidas em
várias missões, como Irmã Silvana, no mundo da escola. Por fim, a
enfermeira Alessia, que a cada dia assiste doentes terminais.
São histórias de dramas, mas também de renascimentos, a partir
precisamente destas lágrimas, que caídas no terreno da dor, acabaram
sendo plasmadas pela fé e transformaram desertos existenciais em jardins
de esperança.
Também será exposto para a veneração dos fiéis um Relicário de Nossa
Senhora das Lágrimas de Siracusa, para pedir a materna proteção de Maria
no mês a ela dedicado.
Fonte: noticias.cancaonova.com
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