15 de fevereiro de 2013

      

Bento XVI afirma que vai ficar 'escondido do mundo' após renúncia.







O Papa Bento XVI indicou nesta quinta-feira (14) que pode ficar em isolamento, longe dos olhares públicos, após deixar o papado no final do mês.

 "Mesmo me retirando para rezar, estarei sempre perto de todos vocês e tenho certeza que vocês estarão perto de mim, mesmo se eu permanecer escondido do mundo", disse ele em declaração de improviso a padres da diocese de Roma.

 Bento XVI pediu nesta quinta uma "verdadeira renovação" da Igreja Católica, durante encontro com sacerdotes da Diocese de Roma.

 A reunião já prevista, mas ela teve seu significado ampliado, já que será a última vez que se reúne com eles antes de renunciar ao pontificado, o que deve ocorrer em 28 de fevereiro.

 "Temos que trabalhar para que se realize verdadeiramente o Concílio Vaticano II e se renove a Igreja", disse.

 Os bispos auxiliares da diocese e as centenas de sacerdotes receberam o papa alemão com aplausos, vivas e outras demonstrações de carinho.

 O papa entrou apoiado em um bastão, enquanto os aplausos se mesclavam com o canto 'Tu sei Petrus' (Tu és Pedro).

 Bento XVI respondeu com um largo sorriso e dando várias vezes obrigado pelas mostras de carinho.

 Bem humorado, ele contou piadas e falou sobre episódios de seu passado.

Secretário
 O secretário do Papa e prefeito regional da Casa Pontifícia, Georg Gänswein, e as quatro laicas consagradas da comunidade "Memores Domini" que cuidam do pontífice acompanharão Bento XVI durante sua estadia em Castelgandolfo e depois no mosteiro do Vaticano onde ele vai morar.

 A informação foi dada pelo porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, que afirmou que Gänswein continuará como prefeito regional da Casa Pontifícia, mas viverá no mesmo mosteiro que o papa.

 Lombardi afirmou que, mesmo quando Bento XVI não for mais papa, sua segurança será feita pela gendarmaria vaticana.

 Lombardi disse também que ainda não há uma "indicação precisa" sobre o título que Bento XVI receberá assim que deixar o pontificado.

 Questionado se perderá o nome de Bento XVI, Lombardi negou, afirmando que esse foi seu nome de papa e será mantido, "como é normal e lógico".

Mais cedo, na primeira fala em público desde que anunciou sua renúncia, ele disse que tomou a decisão de abandonar o pontificado "em plena liberdade, pelo bem da Igreja".

 Bento XVI disse que "orou arduamente e examinou sua consciência" antes de tomar a decisão.

 O pontífice alemão, de 85 anos, reiterou que está consciente da gravidade da decisão, mas também que está consciente da diminuição de suas forças espirituais e físicas.

 Ele disse ter certeza que a Igreja iria sustentá-lo com orações e que Cristo continuará sendo seu guia.





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