12 de abril de 2014

A primeira encíclica de João Paulo II





    O pontificado de João Paulo II iniciou em 1978, e ao longo de mais de 26 anos de pontificado ele escreveu 14 Encíclicas, que são documentos pontifícios, dirigidos a toda Igreja, a primeira foi logo no ano seguinte a sua eleição papal, em 4 de março de 1979, foi publicado o primeiro documento papal de João Paulo II, a Encíclica REDEMPTOR HOMINIS, o redentor do homem.

     Esta encíclica foi dividida em quatro importantes partes, a primeira, intitulada de Herança, ele vem falar da missão redentora do Cristo, e fala, principalmente, sobre o novo pontificado que acabara de iniciar, e confiando-o ao Espírito, ele diz: "É, pois, confiando plenamente no Espírito da verdade, que eu entro na posse da rica herança dos pontificados recentes. Esta herança acha-se fortemente radicada na consciência da Igreja de maneira absolutamente nova, nunca dantes conhecida, graças ao II Concílio do Vaticano, convocado e inaugurado por João XXIII e, em seguida, concluído felizmente e atuado com perseverança por Paulo VI, cuja atividade eu próprio pude observar de perto. Fiquei sempre maravilhado com a sua profunda sapiência e com a sua coragem, e igualmente com a sua constância e paciência no difícil período pós-conciliar do seu Pontificado.»

     A segunda parte, intitula-se, O Mistério da Redenção, onde ele conceitua e consolida o nome desse documento, trazendo uma importante observação:" Para Ele queremos olhar, porque só n'Ele, Filho de Deus, está a salvação, renovando a afirmação de Pedro: Para quem iremos nós, Senhor? Tu tens as palavras de vida eterna .[...] Redentor do mundo! N'Ele se revelou de um modo novo, de maneira admirável, aquela verdade fundamental respeitante à criação que o Livro do Génesis atesta quando repete mais de uma vez: Deus viu que as coisas eram boas.»

    Na terceira parte, tem-se, O Homem Remido e a sua situação no mundo contemporâneo, onde já aborda o homem como resultado do redentor, que toma posse da redenção em união e por meio da Igreja, e diz: "Aqui, portanto, trata-se do homem em toda a sua verdade, com a sua plena dimensão. Não se trata do homem abstracto , mas sim real: do homem concreto , histórico . Trata-se de cada homem, porque todos e cada um foram compreendidos no mistério da Redenção, e com todos e cada um Cristo se uniu, para sempre, através deste mistério. Todo o homem vem ao mundo concebido no seio materno e nasce da própria mãe, e é precisamente por motivo do mistério da Redenção que ele é confiado à solicitude da Igreja. «

    Na última parte, que tem como titulo: A Missão da Igreja e o destino do homem, que aborda a função corredentora junto ao Cristo, aquela é transmissora da verdade e caminho de redenção, "No mistério da Redenção, isto é, da obra salvífica realizada por Jesus Cristo, a Igreja participa no Evangelho do seu Mestre, não apenas mediante a fidelidade à Palavra e através do serviço à verdade, mas igualmente mediante a submissão, cheia de esperança e de amor, ela participa na força da sua ação redentora, que Ele expressou e encerrou, de forma sacramental, sobretudo na Eucaristia. «

    Na Encíclica também vemos uma oração ao Espírito, que já demonstra a abertura e entrega ao Espírito desse Santo Padre, que dispôs liberdade ao mover da unção do Espírito sobre sua Igreja.


João Paulo Silva de Lima
Missão Kairós Caruaru

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