1 de maio de 2014

Em coletiva, bispos divulgam mensagem aos trabalhadores




Bispos comentam diversidade de conteúdos que serão tratados durante os dias da assembleia em Aparecida

   Na coletiva deste primeiro dia da 52ª Assembleia Geral da CNBB, os bispos divulgaram uma mensagem de esperança aos trabalhadores do Brasil na comemoração do seu dia, nesta quinta-feira, 1º de maio.
    Participaram da coletiva, presidida pelo presidente da Comissão Episcopal para a Comunicação, da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa, o arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, o arcebispo de Mariana (MG), Dom Geraldo Lyrio Rocha, e o arcebispo de Manaus (AM), Dom Sergio Castriani, presidente da comissão responsável pelo tema central da assembleia.
    No texto, os bispos ressaltam que assegurar um trabalho decente a todos, com condições dignas e justa remuneração é responder a vocação que faz do homem e da mulher colaboradores de Deus na obra da criação.
   Os prelados destacam como sinal de esperança a queda do desemprego no país, o aumento dos salários e a ascensão social de milhares, entretanto reconhecem a existência de situações que ferem a dignidade dos trabalhadores.
“O salário mínimo ainda é baixo (…) a disparidade salarial entre os que exercem a mesma função também é uma triste realidade (…) persistem igualmente situações de trabalho precário e de desemprego disfarçado, em que pessoas entram nas estatísticas como ocupadas, quando, na verdade, estão inseridas no mercado informal à procura de novas e melhores ocupações”, enfatizam.
   Os bispos concluem a nota chamando a atenção da sociedade brasileira para seu compromisso com os trabalhadores e trabalhadoras, de quem a CNBB se faz solidária, e deixam a todos sua “especial e carinhosa bênção”.
Pauta da assembleia
    Na coletiva, Dom Geraldo e Dom Sérgio comentaram sobre o tema central da assembleia que trata sobre a renovação da paróquia e sobre os diversos temas que farão parte das discussões destes dias.
   Dom Geraldo explicou que logo neste primeiro dia de trabalhos, os bispos fazem uma análise da conjuntura social e eclesial, para terem uma clareza do momento que se vive na Igreja e na sociedade em geral e, com essa realidade “diante dos olhos e do coração”, poderem “emoldurar” todas as discussões da assembleia.
    Entre os assuntos a serem refletidos estão a questão agrária, o protagonismo dos leigos e leigas na vida da Igreja, assuntos ligados à liturgia, a preparação para o 3º sínodo sobre os novos desafios da família para a nova evangelização, que acontecerá em outubro deste ano em Roma.
    Outro tema da assembleia será a avaliação das diretrizes da ação evangelizadora da Igreja no Brasil, já em preparação para a eleição da presidência da CNBB, que acontecerá em 2015.
Tema central
    Sobre o tema principal do encontro, Dom Geraldo recordou que na assembleia do ano passado foi elaborado um texto de estudo sobre a reforma das paróquias para ser debatido.
   Dom Sergio explicou desde a escolha deste tema em 2012, muitas coisas mudaram na Igreja, foi um período muito rico de renovação e mudanças. Com o texto de estudo foi possível desenvolver uma discussão em todos os níveis pastorais, desde pequenas comunidades, conselho de pastoral, institutos de teologia, entre outros, e as contribuições vieram.
“[O texto] foi refletido, aprofundado, e todo esse processo valeu a pena, foi muito fecundo. As contribuições vieram e a comissão está propondo um documento final. É um documento novo”, disse o bispo.
Canonizações
    Dom Murilo destacou que as beatificações e canonizações de pessoas ligadas ao Brasil despertou a Igreja para a importância da vida dos santos. “Com a beatificação de Madre Paulina, em 1991, ocorrida em Florianópolis, houve um despertar e uma procura de pessoas que foram referência de santidade, muitos processos foram abertos”, recordou.
    O bispo disse que até agora 20 causas estão em andamento, entre beatificações e canonizações. E enfatizou que esse despertar para a importância dos santos, deve-se ao fato da “descoberta de que os santos evangelizam muito, porque são um testemunho vivo do que é um Evangelho”.

Fonte : Canção Nova

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