30 de outubro de 2014

Depois de comungar é melhor sentar-se, ajoelhar-se ou ficar em pé?



Pergunta
 
Tenho uma dúvida: podemos nos sentar depois de receber acomunhão na Missa ou devemos esperar que as âmbulas* sejam guardadas no sacrário? Obrigado!
 
(* Âmbula, cibório ou píxide é o recipiente para a conservação e distribuição da Santa Eucaristia)
 
Resposta
 
Receber a comunhão ou comungar é estabelecer uma comum-união com Jesus Cristo, e isso envolve um momento intenso de fervor, pois se vive uma adesão pessoal a Ele.
 
Sobre a postura dos fiéis depois da comunhão, há indicações na Introdução Geral do Missal Romano (IGMR): “Compete, todavia, às Conferências Episcopais, segundo as normas do direito, adaptar à mentalidade e tradições razoáveis dos povos os gestos e atitudes indicados no Ordinário da Missa” (IGMR 43).
 
Segundo a IGMR, a comunhão pode ser recebida de joelhos ou em pé (fazendo antes a reverência profunda – cf. IGMR 160), e se permanece em pé enquanto se canta o cântico de comunhão.
 
E o canto se prolonga enquanto se administra o sacramento aos fiéis (cf. IGMR 86). Quando acaba o rito da comunhão? O rito termina quando o último fiel comunga.
 
Supõe-se que, durante este lapso de tempo, ou seja, desde que se comunga até que o último fiel comungue, a pessoa se une ao cântico de comunhão, e não fica rezando individualmente sentada ou de joelhos.
 
Por isso, normalmente se permanece em pé até que o Santíssimo Sacramento seja reservado, e depois disso podemos ficar de joelhos ou sentar-nos para adorar Jesus em silêncio.
 
Esta é a norma que, em princípio, se observa fielmente, na medida do possível. De qualquer maneira, respeita-se a postura que pode nascer livremente do fiel, em seu coração orante no momento posterior à comunhão.
 
Em outras palavras, apesar da norma, cada pessoa pode assumir, depois de comungar, a postura que lhe for mais cômoda segundo a idade (por exemplo, pessoas idosas), a saúde ou diversas circunstâncias, ou inclusive pelo desconhecimento da norma, e até pelo costume do local, para orar ou para unir-se ao cântico decomunhão. Portanto, não é preciso “sofrer” pelo que os outros possam pensar.
 
Santo Agostinho resume bem esta atitude: “Unidade no essencial; liberdade no opcional; caridade em tudo”. Pede-se aos sacerdotes e demais fiéis que respeitem a liberdade de cada um nesta matéria, sem julgar os motivos.
 
É preciso levar em consideração que a postura precisa favorecer a ação de graças, a adoração e o recolhimento que deveriam seguir a sagrada comunhão, tendo a pessoa comungado com fé, fervor e consciência pura.

Fonte : Aleteia

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